sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Raul - síntese mágica e maluca da saga humana

Essa energia, essa luz que reluzia dos seus olhos... como podia abarcar duas estrelas?
Irradiava e nos infestava de poeira inter-estrelar... Raul Seixas nunca desistirá de nos encantar^^ **
Raul Seixas sentiu frio quando era calor e vice-versa
Não se espantou ao ver um palhaço comendo lixo - aceitou o convite e se serviu também
Fascinado pelos paradoxos, ironizou, saracoteou! Foi tempestivo e compassivo quando menos devia
Aliás, Raul não devia nada a ninguém, muito menos opnião, ele não queria ser ''o tido cidadão respeitado''
Ele preferia viver na garupa do cavalo chamado ''mundo louco''
E ele soube, como ninguém, cair e galopar nesse cavalo...
Tanto que sentiu ciúmes de São Jorge a trotar na Lua Bonita
Raul era uma mosca na sopa do burguês! era um prato cheio para o pobre freguês
Dicotonia fascinante, não sabia se era um sábio chinês ou uma borboleta
Vai ver, Raul era tudo isso, vai ver ele entendeu a matéria-prima ''mestra'' e se tornou tudo!
Co-existiu como poucos! Se revestiu de egoísmo - um egoísmo necessário para atingir a plenitude do individuo que compete a cada ser humano, mano!
Raul não tinha ponteiros, a carapuça servia e ele acabava apontando por escalas gigantescas...
Até o papa ficou nú no meio da praça de Roma. kkkkk
Raul mamou na teta da onça e nem por isso deixou de ser corvade e correr do exercito
Quem não chora não mama: "mamãe eu não queriaaaa!!!''
IMBUÍDOS POR MOVIMENTOS ESTETICAMENTE PRAZEROSOS - dançou o bebê uma dança bem diferente (?)
Lindo e fabuloso Raulzito, ''que se viu como diamante nas mãos de mendigos pelo medo de não sê-lo''
AUDACIOSO CARPINTEIRO DO UNIVERSO
RAUL SEIXAS, PRA ELE EU JAMAIS DESCONVERSO
PRA ELE EU DEDICO QUALQUER VERSO
SENDO TODOS TEMPERADOS COM SANGUE PERVERSO
CUIDADO COM O PERVERSO?
EU JAMAIS IRIA DIZER O INVERSO
Caros amigos, que compartilham comigo esse arrepio na alma chamado Raul Seixas,
eu compartilho meu arrepio, minha felicidade em ver nessa cidade, um conterrâneo digno de receber arqueadas de vozes roucas e loucas, sedentas de despropósitos mundanos.
Raul - meu coração bate, portanto te amo!

Navegante desalmado
Ôh, Navegante desalmado
Teu leme não aponta pro cais
A bússola não traz resultado
No sonho não há nada demais
Rajadas de vento te cortam
Separam o presente da tua infância
Lágrimas sucubem e te exaltam
Vem a tona a tão doce lembrança
Tempestade que não finda atoa
A realidade é uma onda que voa
Águas longínquas rompem na proa
És menino! És homem! Eis o pranto!
Do barco de papel ficou o eterno encanto
Tua alma, ôh navegante, é maior que o oceano
21/08/2009''

Éder Carneiro Cardoso e Silva
VIVA RAUL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A estrela de Raul continua brilhando!!!
Nosso céu brilha - fantasiando nossa vida!

sábado, 16 de maio de 2009

irrevogável amor



E nem que e lua desemparelhe as marés
revogue o reflexo à luz do Sol
eu não irei deixar de brilhar teu olhar nos meus olhos
já não posso voltar
já não há caminho de volta - a ponte só teve essa utilidade
agora ela está nos meandros de um penhasco superado
Já não tenho avesso - e se viro o avesso, ali está vocêu
E a chuva tem um sabor novo a cada dia
O banho tem um cheiro - cheiro que já existia e que agora
expande, percorre-me totalmente
D'Sol a Lua =D

Meu acordar é um (play) musical ..
quando vem uma vontade inesperada de dizer
crio o que já existe, oui, exatamente o que ia dizer =):
"Descobri que te amo demais...
descobri em você minha paz
descobri sem querer a vida, Verdade!" =)
- Verdade Martinho, verdade =D

Co-existir, co-autor =D

E sinto o sabor de fruta mordida (maçâ) que Cazuza canta...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009



Instinto

Largar tudo e ir para o mato
Viver da caça e do pescado
Cruzar com a onça sem mau olhado
Nadar no rio despreocupado

Homem:
originário do mato;
transladado pro asfalto
Homem:
amador de todos;
odiado por muitos

Voltar para o berço
pra origem, pro habitat
hoje é insano;
uns diriam até profano

Se acabar pra ganhar papel-moeda
Gastar tudo nas ruelas é homem-feliz!
É gente!

Natureza agora fica no jardim,
nos fins de semana,
nos zoológicos,
nas jaulas.

Éder Carneiro Cardoso e Silva

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Auto-retrato em poesia... "Aceita um café?"


Aceita um café?

Oi, você quer café?

Desculpe, você aceita um café?

Quer com açúcar?

Quer um cobertor?

Eu já vou embora... tchau

Estou confuso diante de tantas mudanças, de tantos livros a serem lidos

E tantas companhias que não me consolam. Eu mesmo me estranho com tantas dúvidas, não sei quem sou , onde quero chegar

Se o céu azul é ilusão de ótica

Se o mundo é o cenário da minha história

Então olho o fundo do poço e encontro a luz do meu futuro, que estava presa no passado a espera de um presente que pré-sente os anseios da alma antes dela se entristecer com a metamorfose da vida;

com as intrigas que sucedem o ápice do relacionamento

os acasos que expõem nossos medos à luz da revelação indesejada

as despedidas que parecem a fuga da nossa própria alma

eu mesmo me perco dentro de mim

e me encontro na hora em que - todos estão perdidos - o mundo está perdido

levanto da cama, abro a porta do quarto depois de muito tempo

e continuo me sentindo um estranho no ninho

vendo a correria, a frieza diária, a busca da ilusão declarada

e ouço dizer que isso é a vida

é a diversidade, sociedade moderna

fecho os olhos e o meu coração diz que isso é mentira

que o amor não pode ser enlatado, vendido no crediário nem programado nos despertadores digitais

fecho a porta do meu receio

abro a porta do meu destemido ser

aceito a realidade

e procuro fazer da minha verdade meu plano de vida

dando as mãos a todos que encontrar no caminho singelo da perfeita imperfeição

Éder CCS

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Caminhos, olhares, sentidos

Meu coração pulsa

Estou na estrada, a caminho de algum lugar – espero que seja inspirador
Vou olhando pela janela e aprecio os verdes tão cativantes e sinceros – como os cães
Sou levado a levantar e descer no caminho – a raiz me prende aqui
Fico debaixo de uma sombra à espera do próximo ônibus
Encosto a mochila na árvore e ao olhar para o horizonte percebo que o meu coração pulsa – e pulsa forte
Olho mais adiante e vejo do outro lado da estrada uma árvore em frente ao lago e cercada por um gramado macio
E sinto vontade de cruzar a estrada, pular a cerca, atravessar o lago e tocá-la
Antes de minha vontade torna-se fato consumado e concedido eu já estava atravessando o lago com a camisa lascada pela cerca e os olhos estáticos a contemplar sua copa formosa, arrodeada de pássaros fabricantes de ninho, seu tronco impetuoso, seus galhos delicados, suas folhas graciosas dando contorna à sua geometria perfeita.
E sinto que meu coração pulsa – e pulsa forte
Lhe abraço e respiro seu aroma, me embalo no vento que te faz cantar com o bailar das folhas e o canto dos pássaros espantados do ninho – e meu sinto no meu ninho
Me sinto extensão de sua vida, um ramo, um galho, uma folha, uma flor, uma semente, uma raiz que ama este solo e que é amada por este lago que nem na seca mais ferrenha te abandona, nem que ele tenha que submergir para te manter florida e única à sombreá-lo.
E sinto que meu coração pulsa – e pulsa forte
Me disperso ao rega-la com meu pranto e abraça-la com meu coração
E ela me banha com seu bálsamo tão agradável que parecia que eu tinha acabado de nascer e sentir o primeiro prazer
Beijo o lago fiel, pulo a cerca com cautela, atravesso a estrada com saudades dela, pego a mochila e fico à espera do ônibus sem pressa, pois sinto que meu coração pulsa – e pulsa forte.


Éder Carneiro Cardoso e Silva