Aceita um café?
Oi, você quer café?
Desculpe, você aceita um café?Quer com açúcar?
Quer um cobertor?
Eu já vou embora... tchau
Estou confuso diante de tantas mudanças, de tantos livros a serem lidos
E tantas companhias que não me consolam. Eu mesmo me estranho com tantas dúvidas, não sei quem sou , onde quero chegar
Se o céu azul é ilusão de ótica
Se o mundo é o cenário da minha história
Então olho o fundo do poço e encontro a luz do meu futuro, que estava presa no passado a espera de um presente que pré-sente os anseios da alma antes dela se entristecer com a metamorfose da vida;
com as intrigas que sucedem o ápice do relacionamento
os acasos que expõem nossos medos à luz da revelação indesejada
as despedidas que parecem a fuga da nossa própria alma
eu mesmo me perco dentro de mim
e me encontro na hora em que - todos estão perdidos - o mundo está perdido
levanto da cama, abro a porta do quarto depois de muito tempo
e continuo me sentindo um estranho no ninho
vendo a correria, a frieza diária, a busca da ilusão declarada
e ouço dizer que isso é a vida
é a diversidade, sociedade moderna
fecho os olhos e o meu coração diz que isso é mentira
que o amor não pode ser enlatado, vendido no crediário nem programado nos despertadores digitais
fecho a porta do meu receio
abro a porta do meu destemido ser
aceito a realidade
e procuro fazer da minha verdade meu plano de vida
dando as mãos a todos que encontrar no caminho singelo da perfeita imperfeição
Éder CCS
2 comentários:
Meu caro poeta,maravilhosa reflexão,parabéns amigo.
Que maravilha de poema, Eder! Poema de um poeta maduro e no caminho da grandeza literária.
Parabéns, querido!
Sucesso sempre!
Aninha
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