Aliás, Raul não devia nada a ninguém, muito menos opnião, ele não queria ser ''o tido cidadão respeitado''
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Raul - síntese mágica e maluca da saga humana
Aliás, Raul não devia nada a ninguém, muito menos opnião, ele não queria ser ''o tido cidadão respeitado''
sábado, 16 de maio de 2009
irrevogável amor
E nem que e lua desemparelhe as marés
revogue o reflexo à luz do Sol
eu não irei deixar de brilhar teu olhar nos meus olhos
já não posso voltar
já não há caminho de volta - a ponte só teve essa utilidade
agora ela está nos meandros de um penhasco superado
Já não tenho avesso - e se viro o avesso, ali está vocêu
E a chuva tem um sabor novo a cada dia
O banho tem um cheiro - cheiro que já existia e que agora
expande, percorre-me totalmente
D'Sol a Lua =D
Meu acordar é um (play) musical ..
quando vem uma vontade inesperada de dizer
crio o que já existe, oui, exatamente o que ia dizer =):
"Descobri que te amo demais...
descobri em você minha paz
descobri sem querer a vida, Verdade!" =)
- Verdade Martinho, verdade =D
Co-existir, co-autor =D
E sinto o sabor de fruta mordida (maçâ) que Cazuza canta...
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Largar tudo e ir para o mato
Viver da caça e do pescado
Cruzar com a onça sem mau olhado
Nadar no rio despreocupado
Homem:
originário do mato;
transladado pro asfalto
Homem:
amador de todos;
odiado por muitos
Voltar para o berço
pra origem, pro habitat
hoje é insano;
uns diriam até profano
Se acabar pra ganhar papel-moeda
Gastar tudo nas ruelas é homem-feliz!
É gente!
Natureza agora fica no jardim,
nos fins de semana,
nos zoológicos,
nas jaulas.
Éder Carneiro Cardoso e Silva
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Auto-retrato em poesia... "Aceita um café?"
Aceita um café?
Oi, você quer café?
Desculpe, você aceita um café?Quer com açúcar?
Quer um cobertor?
Eu já vou embora... tchau
Estou confuso diante de tantas mudanças, de tantos livros a serem lidos
E tantas companhias que não me consolam. Eu mesmo me estranho com tantas dúvidas, não sei quem sou , onde quero chegar
Se o céu azul é ilusão de ótica
Se o mundo é o cenário da minha história
Então olho o fundo do poço e encontro a luz do meu futuro, que estava presa no passado a espera de um presente que pré-sente os anseios da alma antes dela se entristecer com a metamorfose da vida;
com as intrigas que sucedem o ápice do relacionamento
os acasos que expõem nossos medos à luz da revelação indesejada
as despedidas que parecem a fuga da nossa própria alma
eu mesmo me perco dentro de mim
e me encontro na hora em que - todos estão perdidos - o mundo está perdido
levanto da cama, abro a porta do quarto depois de muito tempo
e continuo me sentindo um estranho no ninho
vendo a correria, a frieza diária, a busca da ilusão declarada
e ouço dizer que isso é a vida
é a diversidade, sociedade moderna
fecho os olhos e o meu coração diz que isso é mentira
que o amor não pode ser enlatado, vendido no crediário nem programado nos despertadores digitais
fecho a porta do meu receio
abro a porta do meu destemido ser
aceito a realidade
e procuro fazer da minha verdade meu plano de vida
dando as mãos a todos que encontrar no caminho singelo da perfeita imperfeição
Éder CCS
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Caminhos, olhares, sentidos
Meu coração pulsa
Estou na estrada, a caminho de algum lugar – espero que seja inspirador
Vou olhando pela janela e aprecio os verdes tão cativantes e sinceros – como os cães
Sou levado a levantar e descer no caminho – a raiz me prende aqui
Fico debaixo de uma sombra à espera do próximo ônibus
Encosto a mochila na árvore e ao olhar para o horizonte percebo que o meu coração pulsa – e pulsa forte
Olho mais adiante e vejo do outro lado da estrada uma árvore em frente ao lago e cercada por um gramado macio
E sinto vontade de cruzar a estrada, pular a cerca, atravessar o lago e tocá-la
Antes de minha vontade torna-se fato consumado e concedido eu já estava atravessando o lago com a camisa lascada pela cerca e os olhos estáticos a contemplar sua copa formosa, arrodeada de pássaros fabricantes de ninho, seu tronco impetuoso, seus galhos delicados, suas folhas graciosas dando contorna à sua geometria perfeita.
E sinto que meu coração pulsa – e pulsa forte
Lhe abraço e respiro seu aroma, me embalo no vento que te faz cantar com o bailar das folhas e o canto dos pássaros espantados do ninho – e meu sinto no meu ninho
Me sinto extensão de sua vida, um ramo, um galho, uma folha, uma flor, uma semente, uma raiz que ama este solo e que é amada por este lago que nem na seca mais ferrenha te abandona, nem que ele tenha que submergir para te manter florida e única à sombreá-lo.
E sinto que meu coração pulsa – e pulsa forte
Me disperso ao rega-la com meu pranto e abraça-la com meu coração
E ela me banha com seu bálsamo tão agradável que parecia que eu tinha acabado de nascer e sentir o primeiro prazer
Beijo o lago fiel, pulo a cerca com cautela, atravesso a estrada com saudades dela, pego a mochila e fico à espera do ônibus sem pressa, pois sinto que meu coração pulsa – e pulsa forte.
Éder Carneiro Cardoso e Silva